O Brasil é uma potência agrícola mundial. Há uma produção diversificada e eficiente em nosso país, com alto investimento e intenso uso de tecnologias. Um dos desafios do agricultor é manusear diferentes tipos de solo e adaptá-lo a várias culturas. Algumas plantas têm particularidades em seu cultivo, requerendo cuidados especiais.
Nesse sentido, algumas técnicas, como o uso de túneis, facilitam a adaptação de plantas exóticas ou idiossincráticas. É o caso de muitas espécies com sensibilidade ao calor ou à luz. Eles consistem em um sistema de cobertura feito com tubos metálicos galvanizados, em forma de arcos, cobertos com lonas plásticas transparentes, são estruturas de fácil manejo, que possibilitam rotação de área; e de baixo custo.
O filme leitoso é um revestimento para o túnel de plantação. São feitos de plástico e têm a propriedade de controlar o excesso de radiação luminosa, produzindo sombreamento uniforme, sem bloquear nenhum comprimento de onda em detrimento de outro. Assim, ajudam a reduzir a luminosidade em todas as faixas de radiação solar incidente, apresentando um bom efeito da difusão luminosa pelas características da pigmentação e aditivação utilizada. A transparência dessas estruturas varia, havendo filmes de até 50% de reflexibilidade.
Os filmes leitosos podem ter diferentes espessuras e números de camadas, além de vários tipos de aditivos que permitem maior ou menor retenção de radiação. Existem, inclusive, filmes especiais contra raios ultravioletas. O polietileno é um dos materiais mais utilizados, e, usualmente, a produção e comercialização desses filmes são feitas em bobinas. Filmes fabricados por co-extrusão, isto é, com três camadas, têm mais resistência e durabilidade.
O filme leitoso é ideal para plantas com fotossensibilidade, que requerem menos intensidade luminosa para sua produção de clorofila, e que de outra forma poderiam sofrer de insolação. A prática tem sido utilizada para o cultivo de flores e, principalmente, de morangos.