O agronegócio é uma das principais atividades econômicas do Brasil e, para manter a alta competitividade internacional e o aquecimento da produção, é necessário que os agricultores estejam cada vez mais capacitados para a utilização de novas tecnologias.
O mulching, também chamado de “alcochoado”, é uma das tecnologias utilizadas para aumentar a produtividade de culturas agrícolas. Trata-se de uma camada de fina espessura colocada entre o solo e as raízes das plantas, estejam elas em linhas de plantio ou canteiros. Ela pode ser feita de materiais orgânicos, como folhas ou palha, ou também por filmes especiais, normalmente de plástico. No mercado, existem diversos tipos de materiais apropriados, como plástico dupla-face, que auxiliam no cuidado térmico das plantas.
A ideia principal do mulching é impedir a evaporação e reter água no solo, o que pode trazer inúmeros benefícios à plantação. É, portanto, uma barreira física resistente a intempéries entre o sistema radicular das plantas e a superfície do solo, protegendo-a de condições climáticas adversas e melhorando a qualidade da colheita. Além de melhor aproveito da água, o uso da técnica impede o aparecimento de ervas daninhas e a erosão do solo. Há, ainda, vantagens econômicas indiretas, como diminuição no uso de herbicidas e fertilizantes e menor contato dos frutos com o solo. O mulching também diminui a amplitude térmica entre o dia e noite, favorece um crescimento uniforme, modifica o microclima e proporciona menor compactação, além de reduzir a perda de nutrientes por lixiviação ou escorrimento superficial.
O uso dessa técnica está em expansão no Brasil, principalmente para a produção de hortaliças e frutas. O baixo custo de implantação, associado às vantagens posteriores, prometem um crescimento econômico desse setor, tanto em sentido quantitativo quanto qualitativo. Além de se traduzir em benefícios para os proprietários rurais e suas escalas de produção, representa também um ganho para toda a população do país.